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O que esperar de 2019?

São positivos os primeiros sintomas da economia brasileira com a mudança de gestão política em 2019. A bolsa vem reagindo bem e o dólar circula na casa dos R$3,70, o que é muito positivo e saudável para a situação atual do país.

Na parte política os anúncios e as primeiras ações demostraram confiança ao mercado, a redução de Ministérios, com a promessa de enxugamento da máquina pública, enviou um recado positivo aos investidores. Ainda assim sabemos que há muito o que ser feito e a recuperação será a passos lentos.

Entendemos que os principais desafios da nova equipe econômica se encontram na área fiscal. Reduzir o atual déficit público de 7,10% para 6,50% do PIB em 2019 vai exigir do novo governo uma bela diminuição das despesas correntes da administração pública, aliada a aprovação da Reforma da Previdência. Segundo os economistas ouvidos pelo Banco Central do Brasil (BCB), a partir dessas medidas o déficit público do setor público em relação ao PIB (riqueza gerada pelo País) apresentará uma dinâmica decrescente, contribuindo com isso para a redução da dívida pública brasileira. Em um cenário de folga orçamentária, o governo poderá avançar de forma consistente em uma Reforma Tributária, reduzindo o número e a carga de impostos indiretos os quais incidem violentamente no processo de produção e geração de riqueza.

Se formos olhar para as principais expectativas macroeconômicos para este ano, poderemos encontrar um ambiente mais otimista em favor da recuperação da economia. Estamos falando da tabela a seguir a qual trás as expectativas recentes do mercado financeiro, coletadas pelo Banco Central do Brasil (BCB), para o final do ano de 2019.

Fonte: Relatório de Mercado Focus, 11 de janeiro de 2019.

Espera-se que o PIB venha crescer em torno de 2,57%, puxado pela retomada dos serviços e indústria. Um ajuste na taxa de juros Selic de 50 pontos-base passando para 7,00% ao ano no final do ano. A notícia boa é que a economia brasileira nunca operou por um prazo tão extenso com uma taxa de juros anuais abaixo de 8%. O efeito natural consiste no reestabelecimento do crédito ao consumidor e as firmas; condição essencial para a retomada do consumo das famílias e o investimento das empresas. No lado externo, o mercado estima uma taxa de câmbio mais bem-comportada, próxima a R$ 3,80 por dólar norte-americano. Ou seja, não há por hora uma preocupação do mercado em que a taxa de câmbio venha a ultrapassar o patamar de R$ 4,00, no ano de 2019. Como consequência final, teremos uma taxa de inflação (IPCA) alinhada com a meta de 4,25% para dezembro desse ano, indicando um equilíbrio macroeconômico.

Em 2019, esperamos que a retomada do crescimento econômico venha se consolidar. Pelo lado da oferta teremos indicadores mais favoráveis dos setores econômicos, em especial indústria e serviços; e pelo lado da demanda a expansão do consumo das famílias e da melhora no financiamento das empresas.