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Nove fatos que explicam a queda de R$ 8 centavos na margem nacional dos preços de combustíveis

  1. A Petrobras, em julho de 2017, implementou sua nova política de preços dos combustíveis: diesel e gasolina. A empresa informou que os reajustes iriam ocorrer com mais frequência, podendo ser até mesmo movimentos diários, respeitando uma margem de menos 7% a mais 7%.
  1. O objetivo central da Petrobras consiste em buscar, no curto prazo, um maior alinhamento dos preços domésticos com os praticados no mercado internacional. Com isso, a empresa teria maior competitividade em seus preços para concorrer com os combustíveis importados.
  1. Entre julho/17 a setembro/18, os preços da gasolina A na refinaria subiram de R$ 1,291 para R$ 2,216, uma variação de R$ 0,925 centavos. Neste mesmo período, as variações nos preços médios da gasolina C praticados pelas distribuidoras subiram em R$ 1,150 e pelos postos R$ 1,072.
  1. Entre julho/17 a setembro/18, os preços do diesel na refinaria subiram de R$ 1,509 para R$ 2,225, uma variação de R$ 0,716 centavos. Neste mesmo período, as variações nos preços médios do diesel S10 praticados pelas distribuidoras subiram em R$ 0,683 e pelos postos R$ 0,587.
  1. No caso da Gasolina C, as distribuidoras conseguiram aumentar mais seus preços, gerando um impacto negativo nas margens (em R$) da revenda, conforme destacado também no gráfico a seguir.

 

 

 

  1. O gráfico acima descreve o comportamento das margens em centavos praticadas no varejo. A partir da política de preços da Petrobras, os revendedores passaram a praticar uma margem inferior. Apenas no mês de junho/18, em decorrência da greve dos caminhoneiros, as margens subiram.
  1. Pode-se analisar a queda nas margens a partir de uma comparação entre os ajustes de preços da distribuidora e do revendedor, em decorrência da nova política da Petrobras. Por exemplo, as margens no Brasil caíram de aproximadamente R$ 51 para R$ 43 centavos, indicando que as distribuidoras conseguiram repassar mais os reajustes dos preços da refinaria.
  1. O mercado de Curitiba apresenta a menor margem, se comparado com Brasil e Paraná. No mês de setembro de 2018 o valor ficou em aproximadamente R$ 26 centavos. Em julho de 2017, a margem média era de cerca de R$ 30 centavos. Uma queda de R$ 4 centavos.
  1. Em conclusão, argumentamos que a revenda apresentou maior dificuldade em manter suas margens, após a nova política de preços da Petrobras. Em virtude da maior concorrência e da lenta recuperação da atividade econômica, os postos de combustíveis tiveram dificuldade em manter suas margens operacionais pré-Política de Preços da Petrobras.