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Benefícios Econômicos do Cooperativismo

Alguma vez você já se perguntou o porquê de empresas existirem? Isto é, por que as pessoas não produzem e fazem suas transações por si só no mercado? A resposta de Ronald Coase para essa questão é que, ao organizar as atividades produtivas como uma instituição, os produtores ganham escala e diminuem os custos de transação, barateando a produção e, consequentemente, aumentando os lucros.

No caso das cooperativas, o objetivo não é o lucro, mas sim o acesso dos cooperados a um proveito comum. Nesse contexto, a cooperativa possui a mesma natureza da Firma de Coase, pois possibilita que os cooperados tenham benefícios econômicos e sociais que não seriam atingidos individualmente devido aos custos de exercer tais atividades individualmente.

Alguns exemplos do papel da cooperativa como instituição facilitadora são as cooperativas agrícolas, de eletrificação rural e de saúde.

  • No caso das cooperativas de eletrificação rural, a cooperativa, através dos ganhos de escala, ajuda a vencer a barreira de altos custos de entrada uma vez que os produtores rurais, sozinhos, não conseguem arcar com o custo elevado para instalação e manutenção da estrutura para fornecimento de energia elétrica. Assim, a problemática que envolve a escassez de investimentos públicos e privados para fornecimento de energia elétrica em locais de difícil localização geográfica ou de baixa densidade populacional, pode ser superada, maximizando o atendimento da região antes desatendida.
  • Cooperativas de saúde têm a principal atuação ao diminuir a quantidade de intermediários entre os profissionais de saúde (médicos, dentistas, enfermeiros etc.)  e os pacientes, o que aumenta a remuneração desses profissionais, devido à queda dos custos envolvidos trazendo também benefícios aos pacientes, que podem ter acesso a preços mais acessíveis.
  • Já no caso das cooperativas agropecuárias, os produtores individuais ganham a possibilidade de transacionar com um mercado que antes seria inviável. Por exemplo, seria inviável para um produtor individual arcar com o transporte de longa distância de algumas centenas de quilos de produtos produzidos; porém, com a escala adquirida pela cooperativa, seu produto, ao ser comercializado e padronizado com o de outros produtores associados, pode chegar a mercados onde antes não seria possível, com preços competitivos.

Desta forma, fica claro que os benefícios econômicos e sociais gerados pelas cooperativas não afetam somente os cooperados, mas também toda a sociedade, uma vez que promove o desenvolvimento da economia local, a geração de empregos e o combate à exclusão social.