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Setor de shopping centers movimentado

O setor passa por uma intensa mudança de comando

Intensifica-se a troca de comando em shoppings de grande e médio porte no Brasil. Como levantou o jornal Valor: o setor de shoppings vive uma onda de aquisições, com 15 ativas e negócios de R$ 3,5 bilhões. O motivo: a alavancagem dos atuais proprietários devido ao período pós-Covid-19, o que elevou a exposição dos grupos proprietários.

Do lado comprador, temos o grupo Partage, que comprou 100% do Jaraguá do Sul Park Shopping (SC) e 80% do Arapiraca Garden (AL), operações essas que eram da Tenco. O valor estimado de cada negócio teria sido de R$ 400 milhões, incluindo dívida, segundo o Valor. Outro comprador foi o Malls Brasil Plural (um Fundo FII), que comprou 100% do Madureira Shopping (RJ) por R$ 286,2 milhões.

Uma negociação importante é a venda da participação da Aliansce Sonae em quatro negócios: Uberlândia Shopping (MG), Boulevard Londrina (PR), Boulevard Vila Velha (ES), e provavelmente o Caxias Shopping (RJ). Juntas as operações devem render aos cofres da Aliansce Sonae algo entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão. A companhia deve se fundir com a BR Malls e vem buscando compradores para negócios mais conflituosos.

Outro shopping à venda é o Diamond Mall. O Atlético Mineiro colocou à venda sua participação de 49,9% no negócio por R$ 320 milhões. A Multiplan é dona dos outros 50,1%, sendo uma potencial compradora da parte do “galo”.

Outras negociações em andamento:

  • Grupo GMV se tornou sócio majoritário do BH Outlet, em Belo Horizonte (MG);
  • Sonae Sierra está em negociação para a venda de cerca de 30% de sua participação no Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas (SP);
  • O FII HSI Malls comprou 100% das ações das sociedades Jaguará Empreendimentos Imobiliários e JPL Estacionamentos, detentoras do Shopping Uberaba, em Uberaba (MG).

Na esteira de projetos greenfield, destacamos a inauguração do Shopping Pato Branco, em Pato Branco (PR), cujo projeto financeiro foi elaborado pela Valuup. Trata-se de um projeto de 43 mil m2 de ABL (Área Bruta Locável), composto por seis lojas-âncora, nove megalojas e outras 86 lojas satélites. O projeto contou com um investimento total de R$ 110 milhões, conforme divulgado pela Gazeta do Povo.

O setor de shopping centers continua surpreendendo, por tratar-se de um setor altamente dinâmico e responsável por uma parcela considerável de geração de riqueza. Vamos esperar pelos desdobramentos do segundo semestre de 2022.

Para onde irá esse setor?