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Preço das commodities ainda pressionado

Em 2021, os preços das commodities subiram de forma expressiva. Contribuíram para essa escalada a rápida recuperação da atividade econômica e as restrições de oferta por parte do restabelecimento demorado das cadeias produtivas.

A tabela a seguir destaca como os preços das commodities subiram com base na data de 12 de janeiro de 2022.

Fonte: Bloomberg, CEPEA/Esalq e BTG Pactual.

Mas o que esperar dos preços em um futuro próximo?

Petróleo: a queda dos estoques de petróleo e a crise no Cazaquistão são fatores impulsionadores de novas altas. Agentes de mercado e consultorias especializadas estimam que o barril do produto ultrapasse os US$ 90. Esse aumento, aliado aos ajustes do ICMS dos estados, poderá gerar novos ajustes para cima no preço da gasolina e do diesel nas refinarias. A inflação dos combustíveis tende a permanecer pressionada.

Minério de Ferro: a recuperação da demanda chinesa está contribuindo para uma retomada do preço do minério de ferro, à medida que a siderurgia registra um reaquecimento. Essa demanda pode ser impulsionada por um Plano Quinquenal chinês arrojado para reativar suas siderúrgicas e o setor de infraestrutura do país. Entretanto, no curto prazo, o preço do minério poderá sofrer ajustes para baixo.

Grãos: a produção de soja poderá ser afetada negativamente pela La Niña na América do Sul. A seca no Sul do Brasil poderá reduzir em até 15% a safra de verão 2021/22. E a baixa oferta de café arábica poderá pressionar os preços para cima.

Açúcar e Etanol: o período de entressafra e a baixa oferta global poderá pressionar os preços do açúcar para cima. O etanol poderá sofrer reajustes também para cima em virtude de novos aumentos na gasolina.

Boi Gordo: o aumento das exportações para a China é um fator essencial para a recuperação das cotações.

O mercado estima os preços das commodities pressionados em 2022, mas com ajustes mais suaves do que os observados durante o ano passado.